Dança de Salão – Uma Força Civilizatriz


“Onde o conhecimento está apenas num homem, a monarquia se impõe. Onde está num grupo de homens, deve fazer lugar à aristocracia. E quando todos têm acesso às luzes do saber, então vem o tempo da democracia”.
Victor Hugo, poeta, dramaturgo e estadista do século XIX

Recentemente, foi sancionada no Brasil uma lei que inclui a dança, a música, o teatro e as artes visuais no currículo da educação básica. Apesar de comemorada por muitos, surpreendeu-me ver outros tantos criticando a medida, por não acreditarem no valor do ensino das artes na educação de crianças e adolescentes. Acredito que um pouco de estudo sobre a história da evolução das civilizações poderia clarear as opiniões de alguns sobre o tema. Acredito, ainda, que o saber que leva à democracia, citado pelo francês Victor Hugo, passa também, inevitavelmente, pelo aprendizado das artes.

Se hoje, quem inicia sua aventura no universo das danças de salão o faz, em sua grande maioria, em busca de lazer, atividade física ou socialização, houve tempo em que o aprendizado desta arte era parte essencial, e restrita, da formação de homens e mulheres da elite. Muito além de passos e figuras de dança, as aulas de dança de salão ensinavam as boas maneiras de acordo com os costumes sociais vigentes.

Mas, em pleno século XXI, teria ainda a dança de salão o poder de educar para a convivência em grupo?

No livro Dança de Salão – Uma Força Civilizatriz, por meio de uma apresentação cronológica e comportamental das regras de etiqueta e sua relação com a dança, desde o Antigo Egito até os dias atuais, a autora, Maristela Zamoner apresenta fatos e seus motivos, buscando incentivar a análise do que podemos extrair de positivo das experiências que a história nos legou.

Dança de Salão – Uma Força Civilizatriz, poderia ser intitulado “Manual de Etiqueta e Dança de Salão no século XXI”, não fossem as palavras “manual” e “etiqueta” muito limitadoras a uma obra que pretende estimular a reflexão sobre ações e reações nossas, do outro e do grupo, com o objetivo de seguir aperfeiçoando nossa civilidade para muito além das formalidades e da polidez social, buscando como finalidade principal o respeito mútuo e sincero entre as pessoas.

Este texto é o prefácio escrito por KEYLA BARROS (Jornalista, assessora de comunicação e diretora do portal Dança em Pauta) para o livro “Dança de salão: uma força civilizatriz”, a convite da autora Maristela Zamoner. Publicado em 2016 pela editora Comfauna, a publicação está disponível gratuitamente para download clicando na capa do livro abaixo.



Fonte: Dança em Pauta

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