Energia que vem, literalmente, da dança


Você sabia que para compensar o nível de CO2 produzido em uma balada seria necessário plantar 24 mil árvores? Uma alternativa sustentável e divertida para este problema seria uma pista de dança que absorve a energia gerada pelos dançarinos. Ao menos, esta foi a ideia que deu início a startup holandesa Energy Floors, inventora do Sustainable Dance Floor (SDF), um piso que transforma o gingado na pista em energia elétrica.

A primeira pista de dança com o sistema de captação de energia foi lançada em 2008, em uma casa noturna em Rotterdam, na Holanda e custou 100 mil euros, aproximadamente R$ 447 mil. Hoje, a empresa conta com 17 instalações fixas do SDF, entre elas, uma implantada em 2013 no espaço de eventos Eco House, em São Paulo. A pista também foi levada a eventos e ações por 18 países de 5 continentes. O custo para ter um piso sustentável, de tamanho médio, fica entre 30 a 60 mil euros.

Pista de dança sustentável na Eco House, em São Paulo

Na última semana, em palestra durante a Campus Party Brasil 2016, maior feira de tecnologia do país, realizada em São Paulo, Michel Smit, diretor da empresa, apresentou o invento aos brasileiros. Ele relatou que cinco pessoas dançando house conseguem ligar um telefone celular, por exemplo, enquanto 100 profissionais do freestyle são necessários para acionar um televisor. “Nosso objetivo é aumentar a conscientização sobre eletricidade e o consumo de energia. As boates não esperam economizar energia elétrica com o piso, mas sim atrair o público”, explicou Smit.

Para 2016, a startup planeja expandir o programa Global Dance Challenge, em que turmas de diversos países tentam gerar a maior quantidade de energia possível apenas dançando. Além disso, Michel conta que pretende aproximar essa ideia cada vez mais do cotidiano. “Por que não aplicar esse tipo de tecnologia em tipos de movimentos diferentes da dança”, questiona.

Fonte: Dança em Pauta - Jornalista Keyla Barros

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