Bailarina Lucila Munaretto já abriu os olhos e respondeu aos carinhos da irmã

Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal


Bailarina Lucila Munaretto já abriu os olhos e respondeu aos carinhos da irmã. A jovem de 21 anos, formada pela Escola Bolshoi de Joinville, foi atropelada na quinta-feira e está em coma induzido. Após campanhas nas redes sociais, a mãe da jovem conseguiu viajar para a América do Norte para acompanhá-la no hospital

Um fio de alívio começa a chegar à casa da família Munaretto após três dias de tensão e angústia, quando foi recebida a notícia de que a primogênita, Lucila Munaretto, sofreu um acidente e estava em estado grave em Vancouver, no Canadá. Depois que uma rede de solidariedade formou-se no Brasil e no Canadá, a mãe dela, Alicia Mercedes Pekala, chegou a Vancouver por volta das 9h30 deste domingo para acompanhar a recuperação da filha. Além disso, a jovem de 21 anos começou a responder a estímulos, fazendo aumentar a esperança de que seus movimentos foram preservados.

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Formada pelo Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, de Joinville, Lucila mora no Canadá desde 2012, onde integra o Coastal City Ballet. Na manhã de quinta-feira, 13 de agosto, a jovem de 21 anos andava de patins por uma avenida movimentada de Vancouver quando foi atropelada por uma van. Ela sofreu vários traumas, o mais grave deles na cabeça, e foi colocada sob coma induzido no Lions Gate Hospital.

Sem condições financeiras para arcar com uma viagem de emergência para a América do Norte, Alicia e o pai de Lucila, Marcos, deram início a uma campanha pelas redes sociais, enquanto uma instituição do Canadá criou um site de financiamento coletivo para receber doações. No segundo, a meta inicial de 10 mil dólares foi alcançada em quatro horas e, na tarde de domingo, já passava de 22 mil dólares.

O dinheiro arrecadado será usado para os custos do tratamento de Lucila, já que o plano de saúde da jovem é básico e não cobre todas as despesas. Na sexta-feira, ela passou por uma cirurgia na espinha, que estava pressionando a medula óssea; e, no sábado, por uma cirurgia no maxilar e de reconstrução facial.

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O diagnóstico completo, no entanto, ainda não foi informado. Diante da boa resposta após a cirurgia, os médicos decidiram diminuir os sedativos que a colocam em coma induzido. Desde então, ela já abriu os olhos e reagiu aos carinhos da irmã, Florência, que está na cidade fazendo faculdade.

— Quando ela saiu da segunda cirurgia, Florência sussurrou no ouvido dela e fez carinhos. Foi quando ela pareceu reagir, mexendo o nariz e fazendo movimentos na face — conta o pai.

Além disso, no domingo, quando as enfermeiras do hospital davam banho, Lucila abriu os olhos por alguns segundos, como se tentasse entender o que estava acontecendo, como descreve o pai.


Corrente do bem

Além da ajuda financeira, a família da bailarina — que é natural da Argentina, mas mudou para o Brasil em 2003, pouco antes de Lucila passar na seleção para a Escola Bolshoi de Joinville — também pode contar com apoio emocional e manifestações de atenção nestes dias de angústia.

O consulado da Argentina em Florianópolis disponibilizou os passaportes rapidamente para que Alicia pudesse ir a São Paulo. Lá, ganhou carona até o consulado canadense, que abriu exclusivamente para ela no sábado e realizou o procedimento de visto em 20 minutos. O próprio cônsul do Canadá no Brasil a acompanhou até o avião.

— O consulado distribuiu fotos de Alicia entre os funcionários do aeroporto para que todos a reconhecessem. Por isso, ela foi atendida com um cuidado especial por todos os lugares por onde passou.

No sábado, uma nova rede havia sido criada pelas redes sociais pedindo que a companhia aérea Air Canada doasse as passagens, para que o dinheiro arrecadado nas campanhas fosse usado integralmente para o tratamento de Lucila. Com a negativa da empresa, os funcionários da Air Canada se colocaram à disposição para comprarem os tickets com seus descontos e afirmaram que Alicia seria recebida com atenção durante o voo. A passagem até São Paulo foi paga por uma amiga da família, enquanto o diretor da companhia de Lucila fez o pagamento da passagem internacional.

Enquanto Alicia não desembarcava no Canadá, Lucila ficou sob os cuidados do governo canadense, dos amigos do Coastal City Ballet e da irmã mais nova, Flor, que estava na cidade fazendo intercâmbio.

— Tem um milhão de pessoas cuidando dela — reconheceu a mãe em entrevista feita pouco antes de começar a viagem — Agora, é só olhar para frente.

O pai também agradece toda a ajuda, ainda impressionado com a mobilização.

— A colaboração das pessoas que se sensibilizaram foi fora da medida. Agora, nossa preocupação está toda na recuperação da Lucila. Por isso, eu continuo pedindo uma corrente de orações, porque esse apoio espiritual é o mais importante de todos — afirma Marcos.

Como ajudar:

No Brasil:

Caixa Econômica Federal
Ag. 3299
CC 00006249-6
Operação 013
Alicia Mercedes Pekala
CPF 011.070.129-10

No Canadá:

Página de financiamento coletivo Support Lucila's Medical Recovery



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