Danças Africanas - Cabo Verde - Contra Dança
Em mais um capítulo sobre a Série Danças Africanas dos países que falam a língua portuguesa. Hoje vamos mostrar mais um pouco do país Cabo Verde e da sua cultura. Acompanhem agora as origens da Contra Dança. Quem quiser ficar por dentro de todo a Série é só visitar nossa postagem índice: Série Danças Africanas. Lá irão encontrar de maneira organizada todos os tópicos relacionados as danças do que trata essa série. Boa leitura e estudo.
Cabo Verde, ao longo da sua história, elaborou uma música tradicional de uma surpreendente vitalidade, recebendo, mesclando, transformando e recriando elementos de outras latitudes, que acabaram por dar origA música Fúnebre, género instrumental, é utilizada, pelo menos em S. Vicente, com um ritmo marcial e dramático. Neste género o sopro de metal é predominante. Às vezes o violino e o violão são utilizados. O tema é único, (popularmente conhecido por Djosa quem mandób morrê) embora muitas vezes, mornas mais tristes sejam tocadas, como é o caso da morna Hora di bai.
Sigam o Mundo da Dança no Twitter: @mundo_danca
As músicas de Casamento (Saúdeem a géneros fortemente caracterizados e enraizados no seu O Batuque, de origem africana, que surge em Cabo Verde provavelmente só na ilha de S. Tiago (existente também no Brasil, através da ida dos escravos, e nos Açores, na ilha de S. Miguel), é executado num ritmo de tempo binário mas de divisão ternária, marcado pela percussão das 'tchabetas e palmas' acompanhadas pela cimboa monocórdica, às quais se juntam o canto e a Também em Cabo Verde se dançava o Tango (actualmente faz parte do repertório de alguns grupos de dança), o Schottish ('chotisse' em terminologia caboverdeana); o Galope, dança em ritmo binário ainda hoje presente nas festas de casamento no interior de algumas ilhas, que faz parte da última "marca" da Contradança sendo esta também uma tradição bem conservada nas ilhas de S. Nicolau, Boavista e sobretudo em St. Antão. O Bolero, sul-americano e não o espanhol, A Contradança, segundo Teófilo Delgado, um dos "mandadores" da Contradança da zona de Fontainhas em St. Antão, contém cinco "marcas". Provavelmente com origem na Country-dance inglesa, levada para a Holanda e França nos fins do séc. XVII, adquiriu cidadania francesa, difundindo-se principalmente nas classes médias. Em Cuba a Contradança introduzida pelos franceses acabou por se transformar num género cultivado por todos os compositores crioulos do séc. XIX, com a mudança do compasso 2/4 para 6/8. Em Cabo Verde a Contradança, género instrumental mais ligado à dança, foi talvez introduzida pelos franceses.
A Mazurca é uma dança originária da região polaca da Mazúria (no início dança popular, depois dança aristocrática) em compasso ternário com acento nos contratempos. Em Cabo Verde ainda hoje é dançada e tocada em quase todas as ilhas com incidência nas de St. Antão, S. Nicolau e Boavista. No Fogo existe o Rabolo que é uma variante da Mazurca.A Valsa, também no ritmo ternário com o primeiro tempo acentuado, é de origem francesa, baseada na galharda provençal que se dançava dando voltas (donde valsa) com o corpo. Os alemães atribuem a sua origem na Allemande (forma musical). Os austríacos, sobretudo os vienenses, cultivaram-na a tal ponto que graças aos compositores Strauss, se tornou numa dança quase nacional. Em Cabo Verde esta foi muito ainda é tocado por alguns grupos musicais.dança.universo.
Post a Comment