O Profissional da Dança.

Talento e dedicação são indispensáveis para quem quer dedicar-se à dança. O mercado de trabalho para os profissionais da dança é bastante é bastante concorrido. Exige daqueles, principalmente em  início de carreira, muita dedicação e esforço para consolidar-se no mercado, uma vez que para tornar-se mestre, professor, coreógrafo ou bailarino-intérprete não há a exigência de formação universitária. Contudo, o segmento está em plena expansão para o profissional da Dança. A cada ano, ampliam-se as oportunidades de atuação profissional nas diversas áreas voltadas à produção, formação e difusão artística e cultural, por meio de eventos, programas culturais públicos e privados, projetos e prêmios de incentivo à pesquisa.

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Paralelamente, a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) garante espaço para a Dança nos currículos da educação básica na área das artes. O ensino oficial da Dança é recente no Brasil. As primeiras escolas oficiais de dança clássica surgiram no Brasil nas décadas de 30 e 40: a Escola Municipal de Ballet, no Rio de Janeiro, sob a direção de maria Olenewa, ex-dançarina da Companhia de Ana Pavlova e, em  1940, a Escola de Bailados da Prefeitura Municipal de São Paulo, sob a direção de Vaslav Veltchek.

No Estado de São Paulo, o primeiro curso de dança de nível superior foi criado na década de 80, na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e desde então a dança moderna permaneceu predominante nos cursos superiores de dança. As Universidades e Instituições de nível superior possuem papel relevante na produção de conhecimento e transformação de indivíduos, fomentando a pesquisa, a avaliação, a preparação de professores, etc.

O que diz a Lei.

Os bailarinos, dançarinos, coreógrafos, professores, enfim os artistas da dança, integram categoria profissional regulamentada pela Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978 e pelo Decreto-Lei nº 82.385 de 05 de outubro de 1978. Têm, portanto, esses profissionais, lei e regulamentação próprias e específicas para regrar suas atividades profissionais e relações de trabalho. Conforme o art. 2º da citada lei, é considerado "Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação em massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública". Contempla ainda a categoria profissional de "Técnico em Espetáculos de Diversões - profissional que , mesmo em caráter auxiliar, participa individualmente ou em grupo de atividades ligadas à elaboração, registro, apresentação ou conservação de programas, espetáculos e produções". São considerados profissionais dessa categoria os bailarinos, dançarinos, mestres, ensaiadores, assistentes de coreografia e os professores de dança dos cursos livres.

Como se profissionalizar.

O aspirante pode profissionalizar-se através de cursos livres nos estúdios, academias, escolas de dança; cursos profissionalizantes; cursos de graduação e/ou licenciatura universitários. O ensino da dança tem suas próprias diretrizes curriculares e pertence à área cultural das ARTES. Os cursos informais e formais se complementam. Os cursos ministrados em estúdios ou academias, são responsáveis pela formação técnica e artística, enquanto os cursos profissionalizantes ou superiores são responsáveis pelo embasamento teórico, científico e cultural. O DRT - Para obter o registro profissional junto ao Ministério do Trabalho deve-se realizar uma avaliação de currículo e prática no Sindicato da Dança da região. É necessário o atestado de capacitação profissional para o ingresso do bailarino(a) no circuito profissional, caso não tenha o DRT.

Características que podem ajudar na profissão: Criatividade, senso artístico, bom preparo físico, habilidade em lidar com o público e trabalhar em equipe, sensibilidade, iniciativa, persistência, curiosidade, facilidade de movimento e ritmo.


Onde atuar.

O profissional da dança pode atuar como professor de cursos livres em escolas de educação básica, academias, estúdios, escolas de dança, clubes, fundações, empresas, espaços públicos, organizações não governamentais e outros. Além de preparar os alunos e organizar espetáculos de dança, pode também auxiliar na recuperação e na reintegração social de crianças, adolescentes ou deficientes físicos e mentais. Pode ainda  atuar na educação superior e universidades, seguindo carreira acadêmica. Uma nova tendência é o surgimento do professor de dança particular em substituição ao personal trainer ou às aulas em academias convencionais. Muitos bailarinos e dançarinos anseiam por uma concorrida vaga  em uma grande companhia de dança.

Uma grande tendência mundial e no Brasil são as "Cias Jovens", formadas por jovens bailarinos, e que funcionam como verdadeiras vitrines para as grandes Cias de Dança profissionais. Os festivais de dança idôneos também funcionam como vitrines da Dança, onde os olheiros circulam à procura de novos talentos.

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