Jazz - Um pouco mais da sua história.

Tanto a música quanto a dança conhecidas com o nome de jazz são resultado de uma fusão de influências e relações que prosperam nos territórios americanos a partir do século 18. Suas raízes estão diretamente ligadas ao coração da África onde a manifestação não era apenas um espetáculo, e sim, uma forma de comunicação. Considerada uma dança própria de escravos negros das grandes plantações de algodão e tabaco, a cultura do jazz reflete influências de diversas índoles.
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Nota: Esta postagem foi pesquisada através de uma revista escrita. E o blog Mundo da Dança no intuito de sempre trazer a vocês novidades sobre o assunto colocou o texto na íntegra aqui no blog. Recentemente recebemos um comentário da autora reivindicando os créditos da mesma. Mais do que justo fizemos as devidas correções e deixamos aqui nosso pedido de desculpas em público pela falha. Um grande abraço a todos amantes da Dança e em especial a esta espetacular escritora: Marcela Benvegnu
Fonte: Marcela Benvegnu - Blog Tudo é Dança
Por um lado, se apreciam ritmos e bailes africanos que duraram muito na consciência coletiva dos negros, por outro, às manifestações de origem religiosa, onde dançar para a chuva, para pedir fecundidade ou celebrar nascimentos, era uma espécie de ritual. Foram os negros que entretiam seus amos, que elevaram as mudanças da dança africana transformando-a em jazz, mas foram os brancos que começaram a dançá-la primeiro em lugares abertos.

No começo do século19, as danças dos negros eram interpretadas por brancos, que por muitas vezes pintavam suas faces para parodiar, cantar e dançar como tais. Este cenário mudou com a emancipação dos escravos nos Estados Unidos, em 1863. A dança e o canto dos bailes dos escravos negros, agora poderiam sair de lugares restritos para ganhar os públicos. Essa manifestação que começou a tomar conta dos palcos era de negros e brancos, e esse momento teve uma influência decisiva na Comédia Musical.


A Comédia Musical é híbrida, nascida de uma multiplicidade de formas de espetáculos anteriores, caracterizada por um corpo de baile numeroso onde as bailarinas eram selecionadas pela beleza física e não pelos critérios técnicos de dança e canto. A comédia musical teve uma extrema ligação com a realidade, passando a converter valores sociais e patrióticos. Nos ambientes rurais, a dança negra adquiriu formas diferentes e também importantes, como o surgimento de Shows itinerantes que eram criados em sua maioria por empresários brancos para companhias de bailarinos e cantores negros. Como resultado do fenômeno desses shows, em meados de 1910 surgiu, o T.O.B.A. ( Theatre Owners Booking Association ), que eram teatros comprados e alugados por Sherman Dudley, onde se instalou a primeira companhia inteiramente formada por negros. Denominada T.O.B.A., eles rodaram o país de Chicago a Nova Orleans, e como tantos outros grupos, enfraqueceu depois da crise de 1929, com a chegada das películas musicais.

Maior sorte ocorreu com o The Whitman Sisters, um grupo formado por mulheres negras, que resistiu por mais de 40 anos. Depois dos anos 30, o jazz já consolidado nos Estados Unidos, passou a estar dentro dos clubes e teatros que tinham certa carência de trabalhos com coreografias e improvisações dos intérpretes. A dança negra começou a se adaptar as características técnicas conhecidas na época derivados dos bailes africanos e já modificadas pelos brancos, caracterizando o jazz como uma dança que usa: o isolamento de partes do corpo que se movem separadamente seguindo o mesmo ritmo - swing - ; movimentos rítmicos sincopados, uso da polirritmia - combinação do corpo em vários ritmos diferentes e o uso correto do centro de gravidade deste corpo que dança.

Quem é Marcela Benvegnu?

Marcela Benvegnu é bailarina (drt. 3325) e jornalista (mtb. 038093), pós-graduada em Estudos Contemporâneos em Dança pela Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu uma monografia inédita no país sobre o JAZZ DANCE - Swing Descompassado - A re-territorialização da identidade do Jazz Dance no Brasil por uma perspectiva co-evolutiva, sob orientação da Dra. Fabiana Dultra Britto.

É mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC (Pontifícia Universidade Católica), de São Paulo. Sua dissertação versa sobre a diferença entre a crítica de dança do jornal “O Estado de S. Paulo” e da “Folha de São Paulo” nos anos 2000. A orientação foi inicialmente do Dr. Arthur Nestrovski e posteriormente da Dra. Leda Tenório da Motta.

2 comentários

Marcela Benvegnu disse...

Olá Roger tudo bem?
Este texto publicado aqui é de minha autoria, portanto, deve ser creditado. Você não pode publicar sem a autoria do escritor.

Você pode fazer essa gentileza? Ele é da minha tese sobre o assunto.

Aguardo suas providências ok? Caso contrário solicitarei a sua retirada.

Obrigada certa do seu entendimento.

Marcela Benvegnu - 11 9316-1114.

Roger de Souza disse...

Olá Marcela Benvegnu!

É com enorme satisfação que recebo sua visita aqui no Mundo da Dança. Já foram feitas as devidas modificações e dado os devidos créditos a quem é de direito.

Aproveitando a oportunidade de pedir minhas sinceras desculpas pelo acorrido. Salientando desde já que o espaço do Mundo da Dança sempre vai estar aberto a você e todos os amantes da dança.

Um forte abraço.

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