Dança Gospel - Definição, Elementos e Evolução.
Definição para Dança Gospel
Fonte: PINHEIRO DIOGO, Adriana, Adoração Criativa, Goias: Vinha Editora, 1999.
Tanto a música como a dança, são resultados de uma fusão da influências desencadeadas pelo protestantismo avivado, originado nos EUA na década de 50 início de 60. Também conhecida como dança cristã, é praticada há muitos anos em apresentações, como forma de evangelismo em praças, escolas e locais públicos, alem de programações especiais em igrejas locais. já a dança como forma de culto, sendo realizada no altar juntamente com uma equipe musical (cantores e músicos), passou por uma trajetória diferente surgindo a cerca de 18 anos.
Registros literários traçam a implantação da dança nos cultos cristãos no Brasil, a partir da realização da primeira festa dos tabernáculo, realizada pela Embaixada Cristã de Jerusalém em 1982. Essa foi a primeira festa dos tabernáculos liderada por cristãos. Nesta nova Festa dos Tabernáculos, começaram a participar músicos, cantores e bailarinos cristãos profissionais de todo o mundo que ministravam com música e dança. Em 1994, bailarinos brasileiros que participavam destas festas, trouxeram para o Brasil a visão de como se poderia danças no culto a Deus. Sua técnica tinha por base a dança clássica.
A dança cristã ou gospel é direcionada a Cristo, sendo em forma de expressão de adoração, ensino ou evangelismo. Por isso, os valores bíblicos direcionam o figurino, os temas a serem coreografados e até a forma de dançar, mas as técnicas seja qual for a modalidade continua a mesma. A dança cristã é realizada de duas formas:
1- Como dança de apresentação (onde se prega o evangelho ou se ensina a palavra).
A dança de apresentação, tem o objetivo de expor uma mensagem, uma ideia. Ela comunica e expressa valores do grupo.
2- Como forma de culto (sendo mais conhecida como dança de adoração).
A dança que é realizada no culto se assemelha a oração. O bailarino voluntariamente se expressa diante de Deus em uma oração feita com movimentos. Não é se apresentar para a igreja, mas levar a igreja a dançar como forma de louvor e adoração. Existe também um simbolismo nas roupas, objetos e desenhos coreográficos. Toda a performance do bailarino em um ambiente de culto, vem carregada de um simbolismo que dá sentido à dança.
Os Elementos
As roupas usadas nas danças cristãs de adoração não precisam necessariamente ter um significado. Mas em determinados momentos, os grupos utilizam cores e formas como elementos simbólicos. Uma dança em roda pode significar unidade entre as pessoas, ou mesmo proteção de Deus. Dançar vestido de vermelho pode significar que está coberto com o sangue de Cristo, ou seja, estar protegido contra todo mal e ainda aliançado com Deus. A cor amarela pode lembrar o ouro, que significa o caráter de Deus. A cor prata aponta para redenção realizada por Jesus Cristo na cruz do calvário. A cor verde pode significar óleo da unção, como marca da presença de Deus em uma pessoa.
Alguns símbolos judaicos também fazem parte do culto de algumas igrejas evangélicas, como por exemplo, o candelabro (que no protestantismo representa Jesus Cristo), como a luz do mundo e, desta forma, são utilizados por alguns grupos de dança. Todos estes elementos, não se fecham necessariamente em um significado único, mas o significado pode mudar de acordo com o momento da dança.
Evolução no Brasil
Após 1995 houve um despertar na vida de muitos bailarinos profissionais (cristãos) dentro das igrejas. Em diferentes denominações do país e quase ao mesmo tempo, esses bailarinos se apropriam da dança experimental, utilizando-se de tecidos, fitas, entre outros adereços, para enfatizar movimentos espontâneos como possibilidade de influência na adoração a Deus.
Como precursores dessa nova forma de adoração, citamos:
*Isabel Coimbra (Cia Mudança - apoiada no ministério de Louvor "Diante do Trono") que de Minas Gerais alcançou grande reconhecimento, frente as igrejas evangélicas de diferentes denominações, e fez com que aumentasse a aceitação da dança em denominações até então fechadas para esta linguagem artística.
* A Pra. Adriana Pinheiro (Cia Rhema) já difundia pelo país sua visão de entendimento espiritual artístico sobre o bailarino adorador, através de apostilas e seminários que corriam as igrejas de todo país e os principais eventos do exterior.
* O Pr. Geraldo Dias (Cia de Dança Profética) era bailarino clássico profissional, e recebeu seu chamado profético na festa cristã dos tabernáculos em Jerusalém. Ele ministrou seminários em danças por todo Brasil.
Em São Paulo a Igreja Renascer em Cristo chega a reunir no estádio de Pacaembu 4.000 dançarinos para participar da gravação do seu DVD, além, de implantar grupos de danças como parte integrante de seus cultos, agregando milhares de pessoas, de várias faixas etárias em território nacional.
A partir de 2000, surgem vários outros registros de nomes que começaram a se destacar no trabalho de dança como adoração, influenciando grupos por todo o Brasil, destacamos: Gisela Matos (Profetas da Dança) em Belo Horizonte, Gláucia Freire (Movimento Companhia de Dança) no Rio de Janeiro, Eliane Moura (Cia Josac) em Brasília, Alcina Villar (Cia Mudança) no Rio de Janeiro, na capital paulista Vivian Lazzerini (Cia Dança), John e Carol Bassi (Cia Praise), Cia Tribus na Praia Grande-SP, Studio do Corpo no Rio Grande do Sul, Corpo e Luz na Paraíba, entre outros.
Fonte: PINHEIRO DIOGO, Adriana, Adoração Criativa, Goias: Vinha Editora, 2007.
Entrevista extraída do Site: www.ogalileo.com.br
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