Dança Inclusiva - O que é?
Toda dança, basicamente, dá forma ao movimento e, por isso, pode ser considerada uma forma de manifestação artística. A dança como arte, é um caminho para criar e compartilhar o modo como nós reagimos ao mundo que nos circunda. Poucas oportunidades de prática regular de dança são oferecidas à população de pessoas com necessidades especiais.
Além dos benefícios psicomotores, cognitivos, emocionais e sócio-culturais inerentes a esta forma de arte, a dança para pessoas com necessidades especiais, pode ser uma forte aliada de inclusão social, especialmente quando vivenciada em espaços onde a diversidade humana é a principal característica.
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Com o objetivo principal de integrar seres humanos por meio da arte da dança, a dança inclusiva surgiu para oferecer a convivência do grupo. Promovendo uma constante re-avaliação de valores, crenças e atitudes pessoais e sociais em relação à deficiência, às semelhanças e diferenças humanas.
A Proposta
A proposta da DANÇA INCLUSIVA é oferecer meios que permitam que TODOS façam dança, sendo o foco principal a capacidade e, não a limitação.
A metodologia adotada consiste na fusão de técnicas variadas de trabalho corporal:
- Técnicas de Contato-improvisação,
- Exercícios de relaxamento, alongamento e fortalecimento;
- Seqüências coreográficas;
- Atividades de apreciação.
A dança inclusiva nasceu com a proposta de dar as pessoas com deficiência física a possibilidade de desenvolver seu potencial de movimento e – por que não? – suas habilidades artísticas. Com o desenvolvimento de diferentes linguagens e pesquisas de movimento, a dança inclusiva vem acompanhando essa evolução e ganhando cada vez mais espaço.
O usuário de cadeira de rodas Edu trabalha com dança há 12 anos, época em que a dança inclusiva era considerada mais uma forma de reabilitação que uma manifestação artística. “Estamos namorando essa ideia há algum tempo. O encontro é urgente, a dança inclusiva está evoluindo, queremos instigar a reflexão, por que em muitos casos, ainda se destaca a deficiência? Muitas pessoas ainda não compreendem esse tipo de dança, nos olham como exemplo de superação. Queremos levantar questões, discutir por que ainda resistem tantas diferenças que nada têm a ver com a dança”, analisa Edu.
A evolução dessa linguagem tem sido tão rápida e intensa que até mesmo o termo ‘dança inclusiva’ pode estar com os dias contados. Isso porque as fronteiras entre essa linguagem e a arte estão se estreitando. “Esse nome não corresponde mais à realidade. No início havia uma abordagem social, uma ideia de reabilitação. Esse olhar errado atualmente me incomoda, por que temos que destacar a deficiência? Existe um olhar de superação. Sem contar que para ser ‘inclusiva’ é porque existe uma exclusão, certo? Mas nem fora do Brasil surgiu ainda uma nova nomenclatura”, esclarece o coreógrafo.
Fonte: idanca.net
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