Pensando sobre a Dança.


Viagem Pelo Mundo da Dança hoje trás até vocês nossa oitava postagem da Série. Já começando com uma pergunta pertinente. O que a dança representa para você? Participe deixando seu comentário respondendo esta pergunta. Nós que praticamos a dança estamos sempre pensando nela como um artifício de alegria e as vezes também como uma atividade física, mas a dança representa muitas outras coisas em nossa vida. Tais como a sociabilidade, a saúde e maturidade de sentimentos.

O que vem a ser a dança? 

Fonte: Faculdade Iguaçu
Nesta postagem vamos estudar a dança de uma maneira ampla e veremos como ela é um meio de expressão natural  e espontâneo em que o corpo,  integrado com o ritmo e a música, ocupa a dimensão espaço – tempo. E veremos que ela não é para ser entendida e sim sentida.

(...  a  expressão  corporal  é  tomada  como  linguagem,  conhecimento universal,  um patrimônio cultural  humano que deve ser transmitido aos alunos  e  por  eles  assimilado  a  fim de  que  possam compreender  a
realidade  dentro  de  uma  visão  de  totalidade,  como  algo  dinâmico  e carente de transformações (COLETIVO DE AUTORES 2004).

Conceito de dança e seus significados

Considera-se dança uma expressão representativa de diversos aspectos na vida do homem.  Pode ser  considerada como linguagem social  que permite atransmissão  de  sentimentos,  emoções  da  afetividade  vivida  nas  esferas  da religiosidade,  do  trabalho,  dos  costumes,  hábitos,  da  saúde,  da  guerra,  etc. (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.82).

Já  para  outros  autores,  o  conceito  de  dança  só  poderá  ser  descrito  e compreendido pela experiência estética em dança,  ou seja,  o próprio ato de dançar,  não  negligenciando  o  histórico  da  dança,  mas  sim querendo  dar  o significado de dançar, como forma de expressão humana.

Visto que precisa ser construído dançantemente, sempre que experiencie a dança, em diferentes tempos e espaços e não se perca de vista sua liberdade e criação,  vejamos  o conceito  de dança  como uma  poesia,  que não  pode ser explicada, mas apenas sentida e interpretada.

(... do mesmo modo que na pintura, a concretude da imagem, é o caso da dança. Mas enquanto que na pintura o produto final permanece, seja numa  tela,  num  mural  ou  em  qualquer  outro  objeto,  dando  a
oportunidade de retornar a ele sempre que se tem vontade, o produto da dança é momentâneo e passageiro e, para retornar a ele, é necessário faze-lo novamente, recuperando-o num novo tempo-espaço... Em dança
não existe o antes nem o depois: só o durante (GERALDI, 1997).


A dança é tão antiga como a própria vida humana. Nasceu na expressão das emoções primitivas, nas manifestações, na comunhão mística do homem com a natureza. Segundo os estudos de Hannelore FAHLBUSCH (1990), os primeiros documentos sobre a origem pré-histórica dos passos de dança, são provenientes de descobertas das pinturas e esculturas gravadas nas pedras lascadas e polidas das cavernas.

O homem que  ainda  nem falava,  se  utilizou  do  gesto  rudimentar  para expressar suas emoções num ritmo natural. A dança na vida do homem primitivo tinha muito significado,  porque fazia parte de todos os acontecimentos de sua vida:  nascimento,  casamento,  mortes,  caça,  guerras,  iniciação da adolescência, fertilidade e acasalamento, doenças, cerimônias, colheitas.

Paulina  OSSONA  (1988)  deixa  claro  os  significados  e  os  movimentos realizados dentro das danças primitivas,  que de alguma forma sempre queriam dizer alguma coisa:
  • A dança da chuva - realizada para chamar a chuva necessária para saciar a sede e a própria plantação, os movimentos realizados imitavam o trovão mediante girar no solo acompanhado do rufar de tambores e dando golpes na terra. E se necessitava  da  parada  de  chuva,  procurava  distancia-la  provocando  ventos criados por meio do balanceio rítmico de leques de folhas de palmeiras.
  • A dança do sol – Se o desejo era que brilhasse o sol por mais tempo, para que lhe desse maior margem para a colheita, realizava danças ao redor de uma fogueira e saltava ou caminhava sobre ela.
  • A dança da lua – Nessa dança imitavam-se as fases da lua, para que esta influenciasse as mulheres grávidas, fêmeas prenhas e ainda as sementes.
  • Na puberdade – Dançava para que essa força e poder lhe acompanhasse durante  sua  juventude  e  maturidade  como  guerreiro,  caçador,  agricultor  e progenitor.

A dança imitava os passos dos animais com o fim de atraí-los a miragem do tiro  e  imitava  também o  seu  acasalamento,  para  que  se  multiplicassem as espécies. Na dança fazia mímica do combate e vitória. Dançava-se nos casamentos, raptando a noiva. E nos sacrifícios, dançava-se para satisfazer os deuses, ao redor dos enfermos para afugentar seu mal e ao redor dos mortos para que seus espíritos se afastassem. 

A dança se torna algo tão necessário quanto imprescindível em nossas vidas, como forma de interagir e vivenciar nosso cotidiano. - Roger Dance

VIAGEM PELO MUNDO DA DANÇA - A SÉRIE

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