Composição Coreográfica - Parte 1
Corpo de Dança - Paulínia Foto: Jéssica Aragão
Aqui no Mundo da Dança como todos sabem é um espaço para os amantes da dança se atualizarem, aprofundarem e ficarem por dentro de tudo que rola nos palcos desse planeta.
Seguindo este pensamento hoje vamos falar sobre Composição Coreográfica. Por se tratar de um tema muito importante vamos colocá-lo em três partes para podermos fazer uma investigação profunda e bastante esclarecedora.
Aqui vou tratar desse assunto dando minhas contribuições e citando também as opiniões de estudiosos e pensadores do universo da dança. Boa leitura.
"Agradecendo a contribuição das imagens usadas aqui com a permissão dada por: Jéssica Aragão - Corpo de Dança - Paulínia"
Composição Coreográfica
Os elementos que constituem a composição coreográfica:
Justifica-se por acreditar que este conjunto não pretende encontrar verdades no caminho da construção dos conhecimentos, mas sim visualizar possibilidades permitidas através da expressão corporal em si mesmo .
O fenômeno da composição coreográfica, visualizado enquanto um potencial na educação estética, traz aspectos como a intuição, intencionalidade e a percepção, ou seja, o indivíduo está inserido nesse fenômeno quando dança.
O conceito da dança traz um olhar mais detalhado sobre a composição coreográfica, principalmente em sua estrutura. Em meus estudos percebi que se dá muita importância para o produto final, a coreografia pronta. Mas temos que ter uma atenção especial na técnica do movimento. Porque qualquer tipo de dança, exige um grau de técnica dentro do estilo que se está dançando.
“Não existe dança sem técnica, ou seja, sem um produzir que é poesis” (SARAIVA KUNZ et all, 2005, p.121).
É comum vermos na ação pedagógica do ensino da dança, serem usados uma repetição e transmissão de movimentos padronizados dentro de cada estilo.
O elemento: Movimento Humano
Dançar é imprimir no corpo a sensação do movimento, Dantas, 1999
Focalizando a reflexão de movimento humano para o movimento na dança este é considerado a matéria – prima desta arte, e como forma simbólica, é efêmero, fugaz e transitório.
Um interessante paradoxo elucidado nas teorias abordadas por Saraiva Kunz (2003), aponta que ao mesmo tempo em que a dança é muito mais que um movimento, ela não é mais do que um movimento e justamente na tentativa de esclarecer esta proposição é que precisamos trazer outros pontos para discussão como a questão da gênese do movimento na dança.
Dantas (1999) também realiza afirmações que vão ao encontro desse posicionamento, afirmando que o movimento na dança postula sua inutilidade e sua plenitude, pois ele não existe para cumprir um outro fim que não o de ser exclusivamente movimento, segundo esta autora, quem dança o faz porque realiza movimentos que não possuem, aparentemente nenhuma utilidade ou função pratica, mas que possuem sentido e significado em si mesmo, recriados, revividos a cada momento.
Merleau-Ponty (1999) denomina o movimento na dança como um movimento abstrato, pois este inaugura no corpo um processo de reflexão e construção da subjetividade, superpondo o espaço físico um espaço virtual ou humano, para ele a possibilidade de projeção torna possível a organização dos dados sensíveis em um sistema de significações.
Os movimentos fogem do sentido lógico é são colocados com expressão de sentimentos para passar uma mensagem através da dança que está sendo executada. Não se pode marginalizar os movimentos, colocando expressões vazias na composição coreográfica.
No movimento humano em si, se tem uma mistura de mecânica pura do mesmo, mas também uma carga de experiências vividas pela cultura do indivíduo que dança.
Complemente sua leitura sobre este assunto.
Veja a Matéria: --> Qual o sentido da dança?
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